Ref.: Esclarecimentos e Orientações Sobre PET-CT Oncológico
A partir deste mês, a Mútua passará a divulgar periodicamente, por meio dos Boletins, informações genéricas elaboradas por nossa equipe médica, visando melhor esclarecer a pertinência dos procedimentos médicos e exames. Ressaltamos que eventuais dúvidas poderão ser respondidas pela equipe médica por telefone ou diretamente na sede da Mútua. Assim, informamos neste Boletim:
O Exame conhecido como PET-CT é uma combinação da injeção venosa de uma substância radioativa com um exame de imagem que fotografa as áreas onde a substância fica mais concentrada. É realizado em pacientes com diagnóstico de câncer confirmado por biópsia e serve para pesquisar a extensão da doença, presença de metástases e monitorização do tratamento, caso outros exames de imagem (Tomografia, US, Ressonância, RX ) não sejam suficientes. Não tem aplicação prática como Check-up, já que o índice de falsos positivos o torna inapropriado para tal.
Por se tratar de um exame com alta exposição à radiação ionizante, o Pet CT pode causar danos celulares e contribuir para o aparecimento do câncer em pacientes saudáveis. Por tais razões, a indicação para a realização do Pet CT deve ser precedida de criteriosa análise do histórico do paciente, com a confirmação prévia do diagnostico de câncer.
Em 2009, o Hospital Albert Einstein publicou em sua “Diretriz Assistencial sobre Radiação Ionizante nos Estudos Radiológicos” recomendações, indicações e precauções com relação a exames de imagem que utilizam radiação ionizante, como A Tomografia e o PET-CT.
A tabela abaixo apresenta a comparação das doses de radiação provenientes de fontes naturais, como a luz solar, que um indivíduo recebe, em média, durante um ano (3mSv nos EUA), com alguns dos principais métodos de imagem.
Exame | Dose Efetiva (*) | Equivalência com a radiação recebida de fontes naturais |
RX de tórax | 0,02mSv | 2,4 dias de radiação ambiente |
RX da coluna lombar | 1,3mSv | 158 dias de radiação ambiente |
Tomografia de crânio | 2,0 mSv | 8 meses de radiação ambiente |
Tomografia do Tórax | 8mSv | 3 anos de radiação ambiente |
Tomografia do abdome | 10mSv | 3,3 anos de radiação ambiente |
PET-CT | 23 a 26mSV | 8,5 anos de radiação ambiente |
(*)Dose efetiva: efeito biológico atribuível à radiação
Fontes: Hospital Israelita Albert Einstein e National Isotope Developement Center–US.
Gabriela Costa Rego
Coordenadora do Setor de Oncologia da Mútua dos Magistrados